Numa bela tarde de sábado, eu e uma amiga resolvemos tomar um chopinho sem compromisso. Ela passou no meu lar para me capturar e fomos felizes rumo ao bar. Na manobra de estacionamento, eu olho para o lado e vejo uma senhorinha bem idosa, procurando algo no chão. Ela estava ali, paradinha tentando enxergar algo. Criei várias possibilidades...
Talvez fosse uma moedinha de dez centavos. A senhorinha estava indo ao Mercado Municipal comprar café. O dinheiro dela estava trocado e de repente ela percebe que caiu uma moeda no chão. Se não a encontrasse, teria que voltar para sua casa para buscar outros dez centavos. Este café lhe custaria muito caro a partir deste instante, pois seu corpo cansado e lento seria abatido pelo desânimo de refazer todo o percurso embaixo daquele sol impiedoso que lhe castigava com raios vigorosos.
Talvez ela estivesse indo ao médico. Um ortopedista. Isso! Ela estaria indo ao ortopedista ver aquela dor na perna que mal lhe permitia apoiar o pé direito no chão. Por isso ela fazia uso de uma bengala. Só que a visita ao médico estava comprometida, visto que havia perdido o papel com o endereço do médico. Cruel a situação. Aquela senhora ali, solitária, em busca de cuidados clínicos, sendo prisioneira de um pedaço de papel que havia sido levado por rajada de vento atroz.
Talvez, ela estaria procurando seus óculos. É! Eles estavam gastos pelo tempo, bambos e caíram de seu rosto com vasta facilidade. Ela precisava encontrá-los, mas seus 9 graus de miopia nos dois olhos e a catarata no olho esquerdo não lhe facilitariam a tarefa.
Meu coraçãozinho estava com alopécia! Pensando em tudo isso, eu praticamente saltei do carro para auxiliar aquela idosa. Já me posicionei ao seu lado e perguntei o que ela havia perdido, que eu estava ali para procurar o que quer que fosse. Com muita dificuldade, ela gira seu pescoço lentamente até atingir o mesmo horizonte dos meus olhos. Fitou-me por alguns segundos e continuou seu andar de jaboti. Minhas desculpas ficaram no ar e nem sei se ela quis ouvi-las.
BUCÉFALO! QUE VERGONHA! Aquela senhora não estava procurando nada! Ela era corcunda e nada mais! Eu não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha. Meu rosto estava rubro. Eu sentia o calor interno subindo por minhas veias que conduziam o sangue ao meu rosto e que o fazia formigar. Fiquei ali, imóvel por vários segundos. Estava tentando me recuperar antes de olhar para minha amiga.
Melissa estava ali, tendo um ataque de risos. Esmurrava o volante do carro e balançava a cabeça. Lágrimas também saíam de seus olhos quando eu conseguia visualizar sua face que também estava vermelha.
Ao ver a cena, minha sobrancelha esquerda se arqueou e eu voltei ao meu normal. Fiquei ranzinzinha e fui tirar satisfação com ela. Pelo menos tive boa intenção. Foi engraçado! Rimos horrores apesar da vergonha que passei. Ótimo caso para começar uma tarde na choperia.
Talvez fosse uma moedinha de dez centavos. A senhorinha estava indo ao Mercado Municipal comprar café. O dinheiro dela estava trocado e de repente ela percebe que caiu uma moeda no chão. Se não a encontrasse, teria que voltar para sua casa para buscar outros dez centavos. Este café lhe custaria muito caro a partir deste instante, pois seu corpo cansado e lento seria abatido pelo desânimo de refazer todo o percurso embaixo daquele sol impiedoso que lhe castigava com raios vigorosos.
Talvez ela estivesse indo ao médico. Um ortopedista. Isso! Ela estaria indo ao ortopedista ver aquela dor na perna que mal lhe permitia apoiar o pé direito no chão. Por isso ela fazia uso de uma bengala. Só que a visita ao médico estava comprometida, visto que havia perdido o papel com o endereço do médico. Cruel a situação. Aquela senhora ali, solitária, em busca de cuidados clínicos, sendo prisioneira de um pedaço de papel que havia sido levado por rajada de vento atroz.
Talvez, ela estaria procurando seus óculos. É! Eles estavam gastos pelo tempo, bambos e caíram de seu rosto com vasta facilidade. Ela precisava encontrá-los, mas seus 9 graus de miopia nos dois olhos e a catarata no olho esquerdo não lhe facilitariam a tarefa.
Meu coraçãozinho estava com alopécia! Pensando em tudo isso, eu praticamente saltei do carro para auxiliar aquela idosa. Já me posicionei ao seu lado e perguntei o que ela havia perdido, que eu estava ali para procurar o que quer que fosse. Com muita dificuldade, ela gira seu pescoço lentamente até atingir o mesmo horizonte dos meus olhos. Fitou-me por alguns segundos e continuou seu andar de jaboti. Minhas desculpas ficaram no ar e nem sei se ela quis ouvi-las.
BUCÉFALO! QUE VERGONHA! Aquela senhora não estava procurando nada! Ela era corcunda e nada mais! Eu não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha. Meu rosto estava rubro. Eu sentia o calor interno subindo por minhas veias que conduziam o sangue ao meu rosto e que o fazia formigar. Fiquei ali, imóvel por vários segundos. Estava tentando me recuperar antes de olhar para minha amiga.
Melissa estava ali, tendo um ataque de risos. Esmurrava o volante do carro e balançava a cabeça. Lágrimas também saíam de seus olhos quando eu conseguia visualizar sua face que também estava vermelha.
Ao ver a cena, minha sobrancelha esquerda se arqueou e eu voltei ao meu normal. Fiquei ranzinzinha e fui tirar satisfação com ela. Pelo menos tive boa intenção. Foi engraçado! Rimos horrores apesar da vergonha que passei. Ótimo caso para começar uma tarde na choperia.
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